Implementar um processo de monitoramento de Covenants coloca a empresa muitos passos à frente da média do mercado brasileiro em governança e maturidade. Ainda assim, é comum que ocorram erros na implementação da gestão de Covenants de contratos de financiamento. Conheça quais são os mais frequente e saiba como evitá-los.
No artigo anterior da série Gestão de Covenants em Contratos de Financiamento, exploramos como implementar uma gestão de Covenants de forma efetiva, apresentando um passo a passo didático e as melhores práticas que devem ser adotadas.
Depois da etapa de estruturação da gestão de Covenants, é preciso garantir que o processo funcione na prática e, principalmente, que os erros mais comuns sejam evitados.
Assinar um contrato e negociar cláusulas é só o início. A verdadeira maturidade da gestão aparece quando múltiplas áreas precisam se comunicar, os prazos se acumulam, os documentos se atualizam e as decisões estratégicas da empresa seguem em movimento.
Quais são os próximos passos para que essa jornada aconteça da melhor maneira possível?
Neste terceiro capítulo da série, reunimos os deslizes mais frequentes cometidos por empresas ao implementar (ou não implementar) esta estrutura de gestão, mas que ainda enfrentam falhas na execução.
Mais do que listar os problemas, mostramos aqui como evitá-los de forma tangível com base na experiência da UNA em contratos de financiamento de longo prazo e alto grau de exigência contratual.
Os erros mais comuns, e o que eles revelam sobre a maturidade da gestão?
Mesmo empresas que já assinaram contratos robustos e estão familiarizadas com cláusulas de financiamento ainda tropeçam na etapa mais crítica da jornada: a execução diária.
1º Erro: Não atribuir responsáveis claros pelo acompanhamento
Parece óbvio, mas é um erro recorrente: muitas empresas presumem que o departamento financeiro cuidará, de forma natural, de todos os aspectos relacionados à gestão de Covenants. O resultado? Falta de visibilidade, responsabilidades difusas e prazos perdidos.
Uma gestão eficiente exige definição clara de papéis. Isso começa com o mapeamento de cada Covenant e a atribuição direta de responsáveis por sua entrega, realizando o acompanhamento frequente e mantendo uma comunicação aberta e clara entre todos os stakeholders, além de sustentar o engajamento de todo o time envolvido sobre a importância destes papéis.
Na prática, diferentes áreas da empresa costumam estar envolvidas no cumprimento das cláusulas: financeiro, jurídico e operações como as mais lembradas, porém sem excluir outras áreas, como ambiental, RH, e até comunicação institucional. Cada uma deve estar ciente de suas obrigações e inserida no processo de forma estruturada.
Sem essas definições, os Covenants acabam ficando em segundo plano. E quando isso acontece, é só uma questão de tempo até que alguma cláusula relevante seja descumprida: não por má gestão, mas por ausência de coordenação interna.
Erro 2: Não considerar todos os contratos envolvidos
Ao pensar em Covenants, é comum que o foco fique apenas nos contratos de financiamento. Mas esse é um recorte parcial… e potencialmente arriscado.
A gestão de Covenants deve levar em conta todo o ecossistema contratual: contratos de garantia, contratos de prestação de serviços vinculados ao financiamento, aditivos e quaisquer documentos que estabeleçam obrigações, restrições ou condições operacionais e financeiras para a empresa.
Além disso, é essencial garantir que a versão mais atual dos contratos esteja sendo acompanhada. A inclusão de aditivos ou alterações contratuais não pode ser negligenciada. A gestão perde força quando não está atualizada com a realidade documental.
Outro ponto crítico: é preciso considerar os Covenants já existentes ao negociar novos contratos. Muitas vezes, os contratos anteriores impõem restrições específicas, como a proibição de contrair novas dívidas, alterar o quadro societário ou modificar fornecedores estratégicos.
Caso essas ações sejam executadas sem a devida notificação ou anuência dos credores, a empresa pode estar, sem perceber, configurando uma quebra de Covenant.
É por isso que ter visibilidade clara e atualizada sobre todos os compromissos contratuais assumidos é fundamental para garantir que decisões estratégicas estejam alinhadas com os limites legais e financeiros em vigor.
Qualquer decisão tomada sem essa base pode gerar risco jurídico, financeiro ou reputacional.
3º Erro: Confiar na planilha
Durante as primeiras etapas da estruturação, é natural que o controle de Covenants comece em planilhas. Mas, o que funciona bem no início rapidamente, se torna uma armadilha conforme o volume de contratos, cláusulas e responsáveis cresce.
O problema não está na planilha em si, mas nos seus limites:
- Falta de versionamento e controle de histórico;
- Risco de inconsistência entre arquivos diferentes;
- Ausência de alertas automáticos e registros de auditoria.
Basta um cenário comum de troca de responsáveis para que a gestão se perca entre versões.
“Por favor, você pode me enviar a última versão da planilha de Covenants?”
“Claro, segue anexo o arquivo Covenants_v25_final2.xlsx”
O custo da desorganização aparece em forma de prazos descumpridos, intervenção manual, retrabalho e, em casos mais graves, quebra de cláusulas contratuais.
A maturidade da gestão passa por abandonar controles manuais e adotar ferramentas que garantam consistência ao longo do tempo. Comparado aos riscos envolvidos, o investimento em uma solução estruturada é baixo, e traz ganhos claros em eficiência, segurança e escalabilidade.
4º Não manter boa comunicação com credores
Em qualquer contrato de financiamento, a relação com os credores não termina após a assinatura. Pelo contrário: pressupõe-se que ela precisa ser cultivada ao longo de toda a vigência da operação.
Manter uma comunicação clara, transparente e frequente é fundamental para a construção de uma relação de confiança, especialmente em situações adversas. Imprevistos acontecem, e quando a empresa informa o credor de forma proativa, abre espaço para negociação e evita desgastes desnecessários.
O erro, no entanto, é comum: indicadores deixam de ser reportados, problemas se acumulam sem direcionamento e o relacionamento esfria. Em algum momento, surge uma ruptura, geralmente acompanhada de tensão e desconfiança.
Para evitar esse cenário, é fundamental estabelecer rotinas formais de comunicação, como relatórios periódicos, canais dedicados e práticas de governança que envolvam os credores nas decisões relevantes da empresa para manter a cadência adequada de contato.
Gestão de Covenants não é só controle interno. É também gestão de relacionamento.
Como a UNA ajuda a evitar esses erros na prática
Todos os erros que apresentamos neste artigo têm algo em comum: são consequência da falta de estrutura, processo e visibilidade integrada.
Foi com base nessa realidade que a UNA desenvolveu o UNA Covenants: uma solução pensada para trazer maturidade, agilidade e segurança à gestão de contratos de financiamento, atuando diretamente na prevenção dos principais erros:
- Responsabilidade clara: Cada Covenant é atribuído a departamentos e responsáveis específicos, com visibilidade das entregas e dos prazos.
- Cobertura completa: O sistema relaciona todos os Covenants de todos os contratos envolvidos, incluindo garantias, aditivos e documentos correlatos.
- Consulta rápida e precisa: Busca textual em todas as cláusulas, facilitando a visibilidade em novas decisões e negociações.
- Tecnologia no lugar da planilha: Controle robusto e centralizado, com versionamento, histórico e log de auditoria.
- Integração com credores: Permite registrar interações, manter comunicação estruturada e compartilhar documentos de forma segura.
- Dataroom inteligente: Centraliza a documentação contratual e as evidências de cumprimento num único ambiente digital de alta segurança, pronto para auditorias e fiscalizações.
Com o UNA Covenants, você transforma a gestão de cláusulas contratuais em um processo transparente, colaborativo e previsível, evitando riscos e garantindo conformidade ao longo de toda a vida do contrato.
Conclusão
Evitar os erros mais comuns na gestão de Covenants não é apenas uma questão de eficiência: é uma medida essencial para garantir a continuidade dos contratos, preservar o relacionamento com os credores e proteger a saúde financeira dos projetos.
Como vimos neste artigo, os principais deslizes não estão na complexidade técnica, mas na ausência de estrutura, clareza de papéis, comunicação e suporte tecnológico.
Com o UNA Covenants, sua empresa pode estruturar uma gestão sólida, automatizada e alinhada com as melhores práticas do mercado, reduzindo riscos e aumentando o nível de maturidade na relação com credores e stakeholders.
Se quiser conhecer a ferramenta na prática, fale com o nosso time. Agende uma demonstração personalizada.
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Continue acompanhando nossa série especial sobre gestão de Covenants. No próximo capítulo, vamos falar sobre “O que fazer e quais impactos em caso de descumprimento de Covenants?”
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