Captação de dívida: o que muda quando há uma estrutura bem desenhada

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Como a qualidade da estrutura financeira de um projeto impacta diretamente o acesso a capital, o custo da dívida e a confiança de investidores.

O déficit de infraestrutura e a escassez de capital de longo prazo

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil precisa investir cerca de R$ 338 bilhões ao ano até 2032 para superar os principais gargalos em infraestrutura — especialmente nos setores de logística, energia e saneamento. No entanto, segundo o Banco Mundial (Global Economic Prospects, 2024), o país investe menos de 2,1% do PIB ao ano, muito abaixo da média ideal de 5% do PIB recomendada para países emergentes.

Essa lacuna pressiona o setor público e a iniciativa privada a encontrar formas viáveis de financiar projetos estruturantes. Com a alta dos juros recente no país, o crédito subsidiado, como BNDES, já não está tão atrativo, o que leva a busca de crédito no mercado de capitais e a conexão com investidores institucionais se tornaram alternativas prioritárias.

Neste cenário, a captação de recursos se tornou mais técnica, competitiva e criteriosa. Projetos que não atendem aos padrões na etapa de estruturação têm dificuldade real em acessar funding — especialmente o de longo prazo.

Estruturas frágeis resultam em custos maiores, atrasos e desconfiança

Mesmo com um mercado de capitais robusto, que fechou 2024 com uma captação líquida positiva de R$ 60,7 bilhões em fundos de investimento, a maior parte desses recursos permanece inacessível a projetos que não apresentam maturidade técnica e financeira. Investidores institucionais continuam priorizando emissores com estrutura sólida, projeções realistas e governança definida.

As consequências de uma estrutura frágil são claras:

  • Custo de capital elevado, pela percepção de risco associada;
  • Exigência de garantias excessivas, para compensar incertezas do projeto;
  • Dificuldade de emissão de instrumentos estruturados, como debêntures incentivadas ou FIDCs;
  • Baixa atratividade junto a fundos de crédito, que priorizam projetos com documentação completa e projeções sólidas.

Mesmo projetos com bons ativos ou impacto positivo podem ser descartados se não estiverem devidamente estruturados. E, em um ambiente onde as taxas de juros reais ainda são elevadas e o apetite de risco dos investidores é seletivo, essa falha de estruturação tornam os projetos inviáveis.

O que caracteriza uma estrutura mal preparada para captação

Os sintomas de uma estrutura frágil são relativamente fáceis de reconhecer para quem está no mercado:

  • Premissas financeiras frágeis: sem análise de sensibilidade, com benchmarks ultrapassados ou inverificáveis;
  • Modelagem desalinhada com a estratégia de funding: projeções sem integração entre operacional, fluxo de caixa e cronograma físico-financeiro;
  • Ausência de análise de risco estruturada: nenhum mapeamento das variáveis críticas ou simulações determinísticas;
  • Falta de clareza na viabilidade jurídica e regulatória: insegurança em relação a licenças, outorgas, contratos e estrutura societária.

Na prática, o investidor ou estruturador gasta tempo demais tentando entender o projeto e, nesse mercado, tempo é escassez.

Estruturação robusta é pré-condição para captação eficiente

Para captar dívida de forma competitiva, o projeto precisa estar tecnicamente apto, juridicamente viável e financeiramente claro. Isso implica:

  • Plano de negócios articulado, que traduza o racional técnico em um business case;
  • Modelagem financeira robusta, com análise de sensibilidade, projeções de Fluxo de Caixa, além de indicadores financeiros relevantes como Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (DSCR) que permitem avaliar a sustentabilidade do projeto sob diferentes cenários;
  • Integração regulatória e jurídica, com documentação pronta para due diligence;
  • Definição do perfil de funding, ajustado ao risco e maturidade do projeto e da disponibilidade de garantias (ex: debêntures, CRIs, FIDCs, operações estruturadas via BNDES ou multilaterais).

Em um mercado cada vez mais exigente, captar recursos deixou de ser apenas uma questão de oportunidade. Tornou-se um reflexo direto da capacidade de estruturar, projetar e apresentar um projeto com a profundidade que os investidores esperam.

Na UNA, entendemos que o acesso ao capital começa muito antes do primeiro contato com o mercado. Começa na base — na clareza do racional financeiro, na robustez da modelagem e na confiança que só uma estrutura bem desenhada é capaz de transmitir.

Por meio de uma abordagem proprietária de Investment Banking as a Service, transformamos projetos em ativos financiáveis, com agilidade, sofisticação e inteligência de mercado. É assim que ajudamos a viabilizar o desenvolvimento de uma infraestrutura mais eficiente, inteligente e conectada ao futuro do país.

A UNA é capaz de apoiar desde empreendedores que buscam capital para seu negócio até investidores institucionais que buscam projetos de qualidade e bom retorno para alocação de seu capital. Fale com nosso time.


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