Gestão de Covenants: manter a transparência e disciplina no pós-dívida é essencial

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Covenants vão muito além de cláusulas contratuais. Quando bem geridos de forma proativa, tornam-se sinais de disciplina e credibilidade que aproximam o capital. Ignorá-los pode sair muito caro.

A forte expansão do mercado de capitais brasileiro pode ser representada pelo grande número de emissões de debêntures incentivadas de infraestrutura, consolidando o instrumento como um dos principais canais de funding de longo prazo no país. 

Além disso, investidores privados, como fundos, seguradoras, family offices e players internacionais, vêm ganhando espaço em operações antes dominadas pelo crédito subsidiado, trazendo diversidade de perfis e maior seletividade nas decisões.

Esse movimento reflete uma transformação mais ampla: o capital para infraestrutura e transição energética está disponível, mas não é mais concedido apenas pelo potencial do ativo ou pela qualidade técnica do projeto. O que se observa é um processo de análise cada vez mais rigoroso, no qual o investidor avalia não apenas a capacidade de geração de retorno, mas também a forma como os riscos são identificados, monitorados e comunicados ao longo do tempo.

Nesse novo ambiente, os covenants deixaram de ser vistos apenas como cláusulas contratuais. Eles se tornaram referência de governança e confiança. Empresas que monitoram e comunicam seus indicadores de forma estruturada conquistam mais credibilidade e ampliam a competitividade em futuras captações. Já aquelas que negligenciam o acompanhamento transmitem insegurança e pagam mais caro pelo capital.

Em outras palavras: o processo de captação se encontra em outro cenário. A gestão contínua de covenants não são apenas um status do projeto, mas parte essencial de sua narrativa de credibilidade.

A ilusão dos termos e obrigações sob controle

Ainda é comum ver empresas que tratam os covenants como mera formalidade contratual. Relatórios são enviados apenas para cumprir prazos, indicadores são acompanhados de forma superficial e, muitas vezes, não existe um processo contínuo de monitoramento. Na prática, o covenant acaba visto como um item burocrático da lista de obrigações, e não como parte estratégica da relação com os credores.

Essa postura cria uma perigosa ilusão: a de que os termos da dívida estão sob controle. Sem acompanhamento consistente e em tempo real dos covenants, descumprimentos podem passar despercebidos até que se tornem críticos. Quando esses desvios são identificados apenas na hora de reportar ao credor, o espaço para reação é mínimo, e o desgaste na relação é imediato.

A falta de abrangência também é crítica. Muitos emissores concentram a atenção apenas em métricas financeiras, ignorando aspectos regulatórios, reputacionais e ambientais. Para investidores institucionais, sobretudo os internacionais que seguem critérios rigorosos de governança e ESG, essa omissão é vista como sinal de imaturidade.

Outro erro recorrente é encarar os covenants como barreiras, em vez de enxergá-los como instrumentos de disciplina. Muitos emissores só se preocupam em renegociar limites ou justificar exceções quando o problema já ocorreu, reforçando a percepção de fragilidade. 

Some-se a isso o fato de que, projetos que negligenciam a gestão de covenants ainda transmitem a mensagem de que a empresa não tem processos claros, acesso tempestivo às informações, equipe preparada e qualificada ou maturidade na governança, e que não compreendem a complexidade do próprio ativo.

O resultado é mais do que previsível: maior desconfiança, imposição de condições mais duras em futuras operações ou até restrição de acesso ao capital.

Em essência, o problema não está nos covenants em si, mas na forma como são geridos. Quando tratados de forma burocrática e reativa, tornam-se fonte de vulnerabilidade. Quando incorporados de maneira proativa à governança, transformam-se em sinal de credibilidade e maturidade perante o mercado.

 O que o investidor procura?

Para investidores e credores, o covenant não é apenas uma cláusula contratual, mas um reflexo direto da disciplina financeira da empresa. O que importa não é a existência da obrigação, mas a forma como ela é monitorada e comunicada no dia a dia.

Eles observam se indicadores como alavancagem, DSCR e endividamento líquido/EBITDA são acompanhados de forma sistemática, com relatórios consistentes e tempestivos. Avaliam se há processos internos claros, integração entre áreas e mecanismos capazes de identificar desvios antes que eles se tornem descumprimentos formais.

Mais do que os números em si, o que está em jogo é a governança do covenant. Investidores querem saber se a companhia tem transparência na comunicação quando surgem riscos de violação, se abre diálogo antecipado para renegociar termos e se apresenta planos realistas de correção de forma ativa.

Outro aspecto cada vez mais valorizado é o alinhamento com padrões internacionais de governança e ESG. Não se trata apenas de cumprir métricas financeiras, mas de demonstrar maturidade na gestão global da dívida e compromisso com a sustentabilidade do negócio.

Em síntese, o investidor não busca empresas imunes a descumprimentos, mas companhias que mostrem capacidade de governança e mecanismos de gestão contínua. O diferencial está em provar que há método, disciplina e previsibilidade na condução das obrigações assumidas, e isso é o que sustenta a confiança no longo prazo.

O que ele procura é a prova de que a equipe responsável compreende a complexidade do empreendimento, monitora os riscos de forma sistemática e tem mecanismos de resposta para lidar com eles. Esse é o verdadeiro diferencial entre uma proposta que inspira confiança e outra que fica pelo caminho.

Gestão proativa e tecnológica como diferencial competitivo

Gestão de covenants não é apenas checar indicadores periodicamente, mas integrá-los à estratégia financeira da empresa. É um processo vivo, que exige disciplina e transparência contínua.

Isso significa monitorar permanentemente os limites contratuais, configurar alertas automáticos para riscos de descumprimento e organizar informações de forma clara para credores e investidores. Empresas que tratam covenants como parte de seu framework de governança transmitem mais segurança, reduzem o custo de capital e constroem relações mais sólidas com o mercado.

Um dos pontos mais valorizados é a capacidade de transformar covenants em sinalizadores permanentes da saúde financeira do negócio. Quando bem geridos, deixam de ser vistos como barreiras e passam a ser ferramentas de confiança, disciplina e alinhamento entre as partes.

Nesse cenário, o uso de tecnologia é diferencial competitivo. Planilhas estáticas já não dão conta da complexidade atual. Plataformas digitais permitem acompanhar métricas em tempo real, centralizar dados e relatórios em ambientes seguros e hierarquizados, registrar interações e manter histórico confiável de toda a comunicação com credores. Esse nível de organização e previsibilidade eleva a credibilidade do emissor e melhora suas condições de captação no futuro.

Como a UNA ajuda a transformar disciplina em credibilidade

Na UNA, acreditamos que covenants não são barreiras, mas instrumentos de disciplina e confiança. Quando bem geridos, tornam-se a base para previsibilidade, transparência e credibilidade junto a investidores e credores.

Nossa plataforma digital apoia a gestão integral da dívida, com foco em covenants e indicadores financeiros, permitindo acompanhar métricas em tempo real, configurar alertas preventivos e registrar interações diretamente no data room de alta segurança e disponibilidade. Assim, simplificamos o monitoramento, reduzimos riscos de descumprimento e fortalecemos a comunicação entre empresas e credores.

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A combinação de tecnologia proprietária, inteligência regulatória e experiência em estruturação nos permite transformar covenants em ativo estratégico. Para o empreendedor, significa competitividade e acesso a melhores condições de capital. Para o investidor, é a segurança de que os compromissos assumidos estão sendo monitorados e respeitados com consistência.

Na UNA, nosso papel é dar clareza ao que muitas vezes é visto como burocracia. Ao estruturar e comunicar covenants de forma inteligente, transformamos disciplina em credibilidade e conectamos bons projetos ao capital certo.

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Referências para Consulta

BNDES – Covenants: instrumento de garantia em Project Finance. Disponível em: PDF

Oliveira, A. & Monte-Mor, D. (USP/RCO) – Níveis diferenciados de governança e probabilidade de violação de covenants. Disponível em: Revista de Contabilidade e Organizações – USP

KPMG (IFRS) – Classification of debt with covenants. Disponível em: KPMG

IFC (International Finance Corporation) – Guia Prático de Governança Corporativa. Disponível em: IFC

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